Está frio.
Disperso
sentimento de imobilidade,
Perpetuado
pela falha total de tudo quanto me carrega.
Limbo
desnecessário e exasperante,
Destinado
sem qualquer mágoa a essa queda anunciada,
Existência
apagada e um sopro que conforte a alma.
Gritante
tristeza errónea,
Aos céus
dirigida em jeito de clamor ou de desabafo,
Fugaz falta
de ar que assola o cérebro,
E um aperto
no sentido da saudade,
Daquela
altura em que o riso ecoava e não incomodava
E que tudo
fazia sentido, nunca desfazendo o mistério da vida.
E tudo são
iscos e teias e amarras,
Fado malvado
e zombante.
Que do Mundo
nada levas,
A não ser
aquilo que nunca trouxeste contigo.
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