Por palavras te trouxe,
Por palavras te afastei.
Num murmúrio apagado,
Tento justificar o impossível,
Remediar o ferido.
Com lamentos que te parecerão inúteis,
Revivo palavras, gestos,
Actos são irremediavelmente perdidos.
Sujei algo de tão belo,
Com impulsos tão animais,
Com explosões tão injustas,
De mágoas tão reprimidas.
Sem o querer,
Fui o que não queria.
Estás agora longe.
Inacessível na tua concha,
Que eu ajudei a fechar.
Bato à porta, tentado justificar,
Explicar que fui injusto,
Tão perfidamente injusto.
Obtenho apenas frio.
Inexistência declarada.
Ah, as palavras são tão imperfeitas
E eu tão impuro.
Quero sentir o teu doce respirar
E saber, se somos o que fomos.
Por palavras te trouxe,
Por palavras te afastei...
P.S: Nunca dediquei poemas a ninguém neste meu confessionário emocional, mas nunca é tarde para começar. Isto é dedicado a quem magoei, com atitudes despropositadas e tão irremediavelmente impulsivas. Faço agora esforços, por recuperar o que fui, o que fomos...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário